Quem inventou a bicicleta
Para solucionar um problema, nem sempre é necessário “inventar a roda”, mas saber usá-la corretamente pode fazer toda a diferença! Esse é o caso da bicicleta, um meio de transporte com alguns séculos de história, que hoje possibilita deslocamento rápido, saudável e ecológico em diferentes lugares ao redor do mundo.
Mas será que sempre foi assim? Quem teve a ideia de se locomover sobre duas rodas pela primeira vez? De onde surgiu a bicicleta, afinal? E quem foi o responsável por essa invenção revolucionária, que oferece inúmeros benefícios à natureza e ao corpo humano?
São muitas perguntas que nos ajudam a remontar a história por trás da invenção da bicicleta. A resposta para esses e outros questionamentos você confere no artigo a seguir. Vamos lá!
Quem criou a bicicleta?
Oficialmente, a primeira pessoa do ocidente a colocar a ideia de uma bicicleta no papel foi ninguém menos que Leonardo da Vinci. Reconhecido mundialmente pelas suas criações no universo das ciências e das artes, o italiano desenhou um veículo muito semelhante à bicicleta que conhecemos hoje, com um bônus especial: assim como diversos outros projetos dele, esse veículo seria capaz de voar!
O projeto de Da Vinci foi desenvolvido na sua obra Codex Atlânticus por volta do ano de 1490, mas foi só em 1966 que ele foi descoberto por monges italianos.
Nessa época, as cidades ainda eram pequenas vilas distantes umas das outras, o que pode ter influenciado para que o cavalo continuasse sendo utilizado como principal meio de deslocamento, não sendo necessário que essa grande ideia de Da Vinci saísse do papel.
Ainda assim, sua obra pode ter servido como inspiração para outros inventores, que permitiram que essa ideia evoluísse e ganhasse o mundo. Um exemplo disso é o veículo desenvolvido em 1817 pelo barão alemão Karl Von Drais, chamado de máquina de correr, celerífero ou draisiana (em homenagem ao seu criador).
Apesar do intuito dessa ideia ser facilitar a locomoção das pessoas, engana-se quem pensa que esse veículo seria parecido com o que temos hoje. A estrutura desse primeiro modelo era feita de madeira, com duas rodas de ferro pesadíssimas e um banco no meio. No lugar do guidão, havia um tipo de alavanca.
É preciso reconhecer que essa invenção foi uma grande inovação para a época. Ainda assim, não era um veículo tão prático para uso cotidiano, já que, além de ser pesado, quem fazia uso dele precisava impulsionar os movimentos com os pés no chão. Isso não impediu que a draisiana fizesse algum sucesso.
Na época, apenas um pequeno grupo de elite fazia uso da máquina de correr, já que esse era um bem material de valor elevado.
Esse cenário só mudou quando a bicicleta passou a ser produzida em larga escala, o que levou à diminuição dos valores e possibilitou que mais pessoas conhecessem esse transporte.
Já no oriente, há registros que apontam que a bicicleta teria sido inventada há 2,5 mil anos, pelo arquiteto chinês Lu Ban. Como as diferentes partes do mundo passaram séculos sem qualquer tipo de comunicação, é totalmente possível que a China e a Europa tenham criado, simultaneamente, diversos dispositivos para facilitar a vida em sociedade.
Outra hipótese possível é que Da Vinci tenha planejado sua bicicleta voadora a partir de relatos de viajantes daquela época. O inventor italiano viveu na virada dos séculos 15 e 16, período no qual Portugal e Espanha se lançaram a grandes navegações atrás de especiarias.
Diante dessas circunstâncias, algum marinheiro que esteve no oriente pode ter tido algum tipo de contato com a bicicleta inventada pelos chineses e seu relato ter servido de motivação para Da Vinci.
Seja qual for a realidade, o fato é que a bicicleta veio para ficar! Mas como já deu para notar, a versão que conhecemos hoje é bem diferente das que foram idealizadas inicialmente. Continue a leitura para conferir como se deu a evolução desse transporte.
Como a bicicleta evoluiu com o passar do tempo?
Quando falamos sobre a bicicleta, logo vem à mente a imagem da estrutura de metal, com pedal, guidão e duas rodas. Mas a bicicleta nem sempre foi assim. Para chegar no transporte que temos hoje, a história da bicicleta e sua evolução passaram por outras partes do mundo.
O veículo desenvolvido pelo barão alemão não tinha pedais. A primeira tentativa para mudar isso ocorreu algumas décadas depois da sua invenção, em 1837, pelo ferreiro escocês Kirkpatrick Macmillan. Ele criou um novo modelo, que era composto por um sistema de alavancas movidas com os pés, que serviam para movimentar a roda traseira e impulsionar a bicicleta. Nascia, assim, a bicicleta movida por pedais.
A próxima grande inovação ocorreu em 1864, na fábrica do ferreiro francês Pierre Michaux, que trabalhava fornecendo peças para carruagens. Sua empresa foi a primeira a construir bicicletas com pedais – com o detalhe de que, na época, esse veículo era chamado de velocípede. Foi assim que esse meio de transporte ganhou as ruas.
A patente da bicicleta com pedal só foi registrada em 1866, pelo também francês Pierre Lallement. Foi nessa época que surgiu o modelo que a roda dianteira era consideravelmente maior que a traseira, chamada de penny-farthing, high wheel ou simplesmente biciclo.
Esse veículo permitia velocidades maiores com o mesmo esforço – mas o pavimento irregular e a altura em relação ao chão eram alguns aspectos que faziam com que os ciclistwas caíssem com mais facilidade.
Foi na exposição de Paris de 1868 que a importância de biciclos, bicicletas, triciclos e outras variantes ficou ainda mais evidente. Em decorrência disso, esses veículos passaram a conquistar cada vez mais espaço no mercado francês e, em seguida, em toda a Europa.
Mesmo depois de algumas décadas marcadas por diversas inovações, muitas pessoas ainda tinham a percepção de que os biciclos não eram seguros o suficiente, resultado das muitas quedas e acidentes causados por eles.
O condutor precisava pedalar praticamente sentado sobre o eixo da roda dianteira, e, quando precisava parar, perdia velocidade bruscamente e era arremessado para a frente e para o chão. A altura do selim fazia com que o tombo geralmente tivesse algumas consequências sérias.
Devido a isso, o final do século XIX ficou marcado com o declínio do biciclo e o fortalecimento das chamadas bicicletas de segurança, uma estrutura com duas rodas do mesmo tamanho, com o ciclista pedalando entre elas para resolver definitivamente o problema do equilíbrio.
Isso proporciona um funcionamento mais previsível e relativamente seguro para o condutor, o que foi determinante para popularizar o produto. A primeira versão da bicicleta de segurança foi desenvolvida pelo engenheiro inglês Henry Lawson, com pedais que moviam a roda traseira através de correias.
Essa tecnologia faz toda a diferença, pois cria um efeito elástico que diminui trancos nos pés e joelhos do ciclista, fazendo com que o veículo seja mais suave de ser conduzido.
Finalmente, em 1888, a bicicleta ganhou uma versão completa, com rodas e pneus com câmara de ar, uma invenção do inventor escocês John Dunlop. E foi assim que chegamos ao modelo de bicicleta que conhecemos hoje. Todos esses melhoramentos tecnológicos foram importantes para desconstruir a ideia da bicicleta como um veículo incômodo, pouco prático e seguro e de difícil condução.
Outro ponto importante que merece ser destacado é a simplificação dos processos de produção, o que interfere diretamente na diminuição do preço final. As rodas da bicicleta são do mesmo tamanho, e essa padronização facilita muito a fabricação e todo o processo de montagem do equipamento.
Mais tarde, no século XIX, outras invenções importantes foram feitas, como a adição de freios e a construção de quadros de aço, o que permitiu a fabricação de bicicletas mais leves e duráveis.
Todos esses fatores fizeram com que a bicicleta se tornasse um transporte mais simples, eficiente, seguro, confortável e barato em comparação aos biciclos. Ou seja, essas circunstâncias fizeram dela um transporte de massa, com aceitação em diversas partes do mundo.
Hoje em dia, essa é uma das formas mais populares de transporte e lazer no mundo. Há modelos diversos, desde as tradicionais de rua até as elétricas, mountain bikes e bicicletas de corrida de alta performance.
Foi um longo caminho até chegarmos onde estamos hoje. Mas e no Brasil, como será que esse veículo foi recebido? É o que veremos no próximo tópico!
Como a bicicleta chegou ao Brasil?
A história da bicicleta em terras brasileiras tem início na segunda parte do século XIX, quando imigrantes europeus trouxeram os primeiros veículos para o país. Em 1885, cidades como o Rio de Janeiro já contavam com clubes de ciclismo, mas apenas a elite podia aproveitar esses espaços, devido ao alto preço do equipamento na época.
Isso só mudou no final da década de 1940, com as primeiras fábricas de bicicletas em território nacional. A concorrência entre as bikes nacionais e importadas fez o preço diminuir, tornando-as acessíveis às classes mais baixas. Eventualmente, elas passaram até mesmo a ser consideradas o principal veículo da classe trabalhadora.
Nos anos 70, a Caloi e a Monark dominavam 95% do mercado brasileiro desse setor. Essas duas marcas foram responsáveis pela criação de modelos inovadores no país, como a Caloi 10, a primeira bicicleta com marchas produzida no Brasil. Ao longo do tempo, outros modelos de destaque foram lançados, como a Ceci da Caloi e a BMX Pantera da Monark.
A história das bikes é repleta de transformações surpreendentes, que fizeram com que elas se tornassem cada vez mais presentes na vida dos brasileiros. Seja como veículo de transporte para ir ao trabalho, como um brinquedo para as crianças ou para curtir um domingo no parque com a família, é inegável que a bicicleta faz parte da nossa cultura.
Mais recentemente, outra forma inovadora de utilizá-la veio à tona: são as bicicletas compartilhadas e ou comunitárias. Esse sistema, que existe no Brasil desde 2008, disponibiliza bikes para locação por um curto período de tempo, e desde então vem ganhando as ruas das principais capitais. Saiba mais a seguir!
E as bicicletas comunitárias, como surgiram?
O primeiro registro de um programa de bicicletas comunitárias disponível ao público foi na Holanda, nos anos 1960. Tudo começou quando algumas bicicletas foram deixadas soltas no centro de Amsterdam para quem quisesse usá-las, por iniciativa do designer Luud Schimmelpennink.
O intuito era que as bikes passassem de mão em mão e se tornassem uma opção comunitária de transporte. Os veículos foram confiscados pela polícia, quando então Luud fez algumas tentativas de institucionalizar o projeto junto à prefeitura da cidade.
Na época, acreditava-se que a bicicleta entraria em desuso, já que a grande novidade da vez era o automóvel. Isso fez com que o designer holandês não obtivesse tanto sucesso em oficializar sua iniciativa.
Na época, algumas outras tentativas semelhantes foram realizadas em outros lugares, sem que o objetivo fosse de fato alcançado. Em Cambridge, no Reino Unido, algumas bicicletas foram disponibilizadas à população em 1975, mas todas desapareceram quase que instantaneamente devido aos roubos.
Foi só no começo dos anos 2000 que a ideia voltou a ser explorada em algumas cidades da Europa, com dois principais sistemas em funcionamento.
O primeiro deles foi colocado em prática em cidades da França e da Espanha. Nele, a bicicleta fica presa a um bicicletário, e o usuário tem que estar inscrito no sistema para utilizá-la.
Os veículos têm um design diferenciado para dificultar o roubo, e eles só podem ser parados nos bicicletários disponíveis – que podem ser encontrados, em média, a cada 300 metros. Para utilizar a bicicleta, é preciso pagar uma taxa.
Em Paris fica localizado o maior de todos os sistemas desse tipo, com mais de 20 mil bicicletas disponíveis. No seu primeiro mês de funcionamento, o programa atingiu a marca de 1 milhão de inscritos. Em Barcelona, um programa semelhante também obteve grande sucesso, levando às ruas 70 mil novos ciclistas após 3 meses da sua implementação.
O segundo tipo de sistema de bicicletas comunitárias em funcionamento foi implementado na Alemanha. Nele, as bicicletas ficam travadas na rua e são liberadas através de um código. São veículos mais sofisticados, com suspensão dianteira e traseira, e sistema de rastreamento por satélite.
Apesar de pesado, o modelo é agradável de usar. A bike pode ser parada em qualquer local, quando é acionado um sistema de travas que impede que ela seja roubada.
O custo de qualquer um desses sistemas para o usuário é baixo quando comparado a qualquer outro meio de transporte. Além disso, faz muito sucesso em cidades turísticas, possibilitando que os viajantes conheçam os locais pedalando sobre duas rodas.
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