Visão em primeira pessoa do guidão da bike e uma ciclovia a sua frente

Qual é a diferença entre ciclovia, ciclofaixa e ciclorrota

Com o número crescente de pessoas elegendo as bicicletas como meio de transporte, aumenta também a importância de conhecer e explorar a estrutura e a diferença entre ciclovia, ciclofaixa e ciclorrota. Estrututa cicloviária oferecida aos cliclistas.

À primeira vista, pode acontecer dos termos ciclovias, ciclofaixas e ciclorrotas serem entendidos como maneiras diferentes de se referir a mesma coisa, mas esse é um ledo engano. Em comum entre esses espaços, há o fato de serem desenvolvidos para o tráfego de bicicletas e e-bikes (os modelos elétricos), mas há algumas diferenças importantes entre eles.

Se você pretende utilizar esses espaços, é importante conhecê-los e saber a diferença entre eles! É sobre isso que esse artigo vai tratar. A seguir, confira as principais características de cada uma dessas estruturas. 

Ciclovia

Ciclovia são pistas próprias, implementadas especificamente para a circulação de bicicletas, patinetes, triciclos, bicicletas de carga e e-bikes.

Sua principal especificidade é ser separada fisicamente das pistas onde circulam os veículos motorizados, como os automóveis e as motocicletas. É isso o que diz o Manual Brasileiro de Sinalização de Trânsito, que trata da Sinalização Cicloviária. 

mulher pedalando com bike da tembici em uma ciclovia

Esses espaços, portanto, ficam separados por um elemento físico, que pode ser o meio-fio, grade, canteiro ou área verde. Por ficarem segregadas do tráfego, as ciclofaixas são as preferidas por quem está começando a pedalar. As mais conhecidas são implementadas no meio de canteiros centrais das vias urbanas. 

Quem vive nas capitais ou costuma visitá-las, certamente já viu uma ciclovia em meio a alguma das importantes avenidas da cidade, como as que ficam localizadas nas avenidas Paulista e Sumaré, em São Paulo, por exemplo. Esse tipo de via também é muito comum em parques e outros espaços públicos.

Eles podem ter nível ou desnível, e geralmente ficam acima da pista do tráfego pesado. Podem ter sentido único de circulação, ou ser mão dupla – no segundo caso, costumam ser maiores para viabilizar o trânsito em ambos os sentidos. 

Ciclofaixa

Já a ciclofaixa é caracterizada por ser uma faixa delimitada por meio de pintura e sinalizadores, como “olhos de gato”, tachões e placas de sinalização vertical. O Manual do Denatran define a ciclofaixa como uma parte da pista, calçada ou canteiro central que é destinada à circulação de ciclos e implantada no mesmo nível.

Assim, uma parte da pista de rolamento é separada para viabilizar a circulação segura de ciclistas. As ciclofaixas também podem ser unidirecionais ou bidirecionais, normalmente ficando localizadas do lado direito da via. Elas geralmente se estendem para os bairros – diferentemente da ciclovia, que se concentra nas avenidas das grandes vias de acesso. 

Elas são reconhecidas pela pintura de solo. Em comparação com as ciclovias, as ciclofaixas são mais fáceis de serem incorporadas e possuem um custo de implementação mais baixo, justamente por não serem totalmente segregadas do tráfego.

Ciclofaixas de lazer

Existe um tipo específico de ciclofaixa, que são as chamadas . Elas são ocasionais ou operacionais, o que significa que são adaptadas especificamente em alguns dias e horários para a circulação de bikes, reservando uma ou mais faixas de ruas e avenidas para isso.

A ciclofaixa de lazer é uma estratégia interessante principalmente nos dias em que há previsão para que muitas pessoas optem pelos passeios de bicicleta, como aos domingos e feriados.  

É um tipo de ciclo faixa que não é permanente, normalmente é sazonal como por exemplo, todos domingos. Em São Paulo por exemplo, temos a ciclofaixa de lazer das 07 às 16h, todos os domingos e feriados.

Ciclorrota

Outro espaço desenvolvido para favorecer a locomoção dos ciclistas é a ciclorrota, que são vias sinalizadas que interligam os pontos de interesse, ciclovias e ciclofaixas. Também chamadas de rotas de bicicleta, são estruturas mais simples, que funcionam como uma sugestão de vias que podem ser utilizadas para o tráfego de bikes.

Vale pontuar que a rota de bicicleta não deixa de ser um espaço compartilhado com pedestres ou veículos. Sendo assim, os ciclistas que fazem uso desse tipo de espaço devem sempre dar preferência aos pedestres e circular em baixa velocidade.

As ciclorrotas geralmente são sinalizadas no solo ou por placas, e são uma solução inteligente para o compartilhamento das ruas entre veículos motorizados e bicicletas, aprimorando as condições de segurança para todos. Para que isso de fato dê certo, é indicado que as ciclorrotas sejam implementadas em vias com tráfego mais calmo e velocidade limitada a até 40 km/h.

Para identificar as ciclorrotas, é preciso ficar atento a pinturas no chão ou placas de sinalização indicando a preferência das bicicletas em relação a outros veículos. Embora essa modalidade não seja tão comum quanto a ciclovia e a ciclofaixa, também faz parte das vias destinadas à circulação de ciclistas.  

Ao oferecer condições favoráveis para a circulação dos ciclistas, a ciclorrota é bastante prática e funcional como solução de mobilidade urbana.

Agora que você já sabe como diferenciar as ciclovias, as ciclofaixas e as ciclorrotas, deve estar se perguntando como encontrar esses espaços para poder circular tranquilamente pela cidade com sua magrela. É o que você vai conferir no próximo tópico.

Como obter informações sobre essas vias? 

Para descobrir onde ficam essas pistas em sua cidade, basta acessar o site oficial do órgão responsável pela manutenção e organização do trânsito. 

Em São Paulo e no Rio de Janeiro, por exemplo, esse órgão é a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET). Companhias como essas são vinculadas às prefeituras das cidades, e geralmente trazem todas as informações referentes às ciclovias, ciclofaixas e ciclorrotas do local em questão. 

A cidade brasileira com maior número de espaços com essa finalidade é São Paulo, acumulando 722,1 km de vias destinadas à circulação de bicicletas, triciclos, patinetes, bikes elétricas e de carga. O segundo lugar é de Brasília, com 664,77 km de extensão, e o Rio de Janeiro ocupa a terceira colocação, com 475 km.

A tendência é que esses números cresçam a cada ano, já que as prefeituras locais estão cada vez mais preocupadas em realizar esse tipo de investimento para garantir a mobilidade urbana das cidades.

Levando isso em consideração, separamos algumas dicas especiais para que você possa pedalar com tranquilidade onde estiver. Confira! 

Dicas para pedalar com segurança pela cidade

Como deu para notar ao longo deste artigo, as ciclovias, ciclofaixas e ciclorrotas são estratégias importantes para tornar o caminho dos ciclistas mais tranquilo e seguro. Ainda assim, é de suma importância tomar alguns cuidados especiais. 

mulheres pedalando pela ciclovia

Um ponto importante no qual é preciso estar atento é em relação aos cruzamentos e esquinas, onde o ciclista geralmente cruza com o caminho dos carros. Isso não significa, no entanto, que os automóveis devam ser sua única preocupação. É preciso estar atento também aos pedestres e outros ciclistas.

Quando for preciso ultrapassar outro ciclista, use a campainha da bike e/ou peça licença para que ele saiba que precisa ceder espaço. Em seguida, agradeça. Se a via for mão dupla, lembre-se de verificar se não tem ninguém vindo na direção oposta.

Ao transitar por vias unidirecionais, evite pedalar na contramão. Além desse tipo de prática configurar uma infração de trânsito, é algo que oferece mais limitações e riscos do que pedalar na mão correta – ao contrário do que muitos ciclistas possam pensar.

Pedalando na mão correta, você terá mais facilidade para seguir com o fluxo e manter sua velocidade, enquanto que na contramão pode precisar parar ou reduzir para deixar os carros passarem.

Além disso, você pode surpreender os motoristas ao andar na contramão, sendo que eles chegam até você muito mais rápido. Quando o ciclista transita na direção adequada, o motorista tem muito mais tempo para frear ou desviar. 

Outra dica valiosa é sinalizar com as mãos ao pedalar. Isso é importante porque possibilita que os motoristas prevejam sua trajetória e se antecipem aos seus movimentos, evitando acidentes e mantendo o tráfego mais fluido. 

Quando for virar à esquerda, sinalize com a mão esquerda, e, utilize a mão direita quando for virar à direita. Balançar um pouco a mão torna o sinal mais visível. Se, ao passar por um local onde muitos carros viram, você pretende continuar em frente, sinalize com o braço levantado, balançando a mão para frente. Ou então balance a mão para baixo, pedindo para o motorista reduzir a velocidade.

E lembre-se de sempre olhar e avaliar a situação ao seu redor, para ter certeza de que os carros à sua volta vão mesmo esperar até que você faça o movimento que sinalizou.

Agora que você entende a diferença entre ciclovia, ciclofaixa e ciclorrota, e já conferiu dicas importantes para colocar em prática, que tal aproveitar essas rotas pedalando com a Tembici?

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